terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Conversa Com Tina Sosna


Quando vi pela primeira vez as fotos da Tina fiquei muito surpreendida com tudo, aí surgiu a ideia de fazer uma pequena entrevista pra conhecer mais o que ela faz; e descobri que além de tirar lindas fotos, é um amor de pessoa!

Lary: Diga três coisas sobre você que também estão presentes em suas fotos também.

Tina: Sensibilidade, o sentimento de união com a natureza, a calma...


Lary: Quando e como você começou a sua carreira como uma artista?

Tina: Já faz mais de 4 anos desde que eu comecei a tirar fotos como expressão do meu sentimento e de pontos turísticos no mundo. Eu comecei com uma pequena câmera digital que eu carregava comigo o tempo todo, mas logo mudou para uma câmera análoga com a qual eu pude expressar todas as coisas que vieram a minha mente.




Lary: O que você acha que a fotografia mudou em ti?

Tina: Quase tudo. Minha visão sobre o mundo, suas maravilhas, momentos especiais e também a minha consciência de sentimentos em geral. Ele fez o meu tipo de percepção mais profunda e intensa.


Lary: O que você achas que faz suas fotos tão únicas?

Tina: Eu realmente não acredito que as minhas fotos são originais, mas o que talvez as tornam especiais é a forma como me sinto sobre mim quando eu olho para elas e também a forma como as outras pessoas sentem quando as olham. Eu gosto da maneira que as cores pastel e tons de sonho de quadros análogos trabalham com as impressões de mim mesmo.


Lary: O que mais lhe serve de inspiração?

Tina: Bela música, livros, filmes, lugares escondidos e, especialmente, a floresta. Eu também sinto inspiração quando algumas pessoas passam e eu posso pegar um vislumbre de suas emoções. O mundo como ele corre, o tempo que passo sentada em um trem e do amor que eu levo.


Lary: Quando é que o seu trabalho se tornar reconhecido?

Tina: Acho que começou há dois anos, quando o meu trabalho foi destaque em uma revista online pela primeira vez.



Lary: Quando você saiu para tirar fotos, a ideia já está em mente ou simplesmente deixa as coisas acontecerem?

Tina: Eu não planejo fotos, é mais como um sentimento interior que me faz sair, mas às vezes, quando eu tiro fotos para revistas sobre moda ou qualquer outra coisa há, naturalmente, um pouco esboço na minha mente.


Lary: Sobre os seus auto-retratos. Você recebe ajuda de alguém?

Tina: Nem sempre, mas quando eu não sou capaz de levá-los, peço ao meu lindo namorado para ajudar. Eu faço as configurações da câmera e dizer-lhe onde ele tem que se levantar e como a imagem deve ser parecida.


Lary: Qual você prefere: analógico ou a fotografia digital?

Tina: Eu definitivamente prefiro a fotografia analógica. É muito mais real.




Lary: E como foi a sua primeira experiência com fotografia analógica?

Tina: Eu primeiro comecei com uma câmera manual não completa, para aprender como tudo funciona e comprei um manual mais tarde. Eu queria ser capaz de capturar o relâmpago de uma forma real com granulados.


Lary: O que você gosta mais dela?

Tina: Eu amo o granulado e pequenos detalhes que a fotografia analógica tem. Parece que segredos estão abaixo dela. Você tem que escolher cada assunto com muito cuidado. Diferente à fotografia digital, fotografia analógica vive num chuveiro quente, flutuando através de um pedaço de papel, flashes vermelhos criados acidentalmente e cores maravilhosas, que memórias acordada.



Lary: Que dicas você daria para quem quer começar a fotografar analogicamente?

Tina: Eu realmente não tenho alguma dica que eu penso. Mas a coisa mais importante, para mim, é manter inspiração por todas as coisas que eu vejo por trás das coisas habituais normais. Simplesmente, sentir cada fotografia.





terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Projeto Changing Time por Ramona Zordini


Ramona Zordini estuda fotografia há mais de 15 anos e, como sempre teve pouca memória, a partir de uma jovem idade usou a fotografia para gravar memórias em sua mente, e em seguida, para dar emoções. 

O projeto Changing Time explora o tema da mudança, pensada como alteração física e psicológica, ligada a instintos pessoais, estilo de vida, emoção e carinhos tomados no curso da vida em uma espécie de escrita feita pelo próprio corpo e retratada no líquido, que é mais adequado para a evolução.



Changing Time é um projeto que fala de evolução, e como tal, seguiu minha evolução ao longo do tempo, como se eu fosse a mesma pessoa imersa em água; uma ideia que evolui e surge novamente renovada no tempo. 

As obras feitas em tecido não são uma série ou algo assim, são mais uma evolução do projeto que terá uma continuidade em 2014, ressurgindo do tecido. "A parte embrionária do meu trabalho é vital e impressionante, é o fio que une todas as imagens."







Nenhuma das imagens da série têm um nome, os nomes são dados por aqueles que as adotam, de forma que os proprietários também contribuem com a evolução.







Só eu estou apaixonada por esse trabalho lindo? A Ramona vende quadros do projeto aqui e entrando em contato com ela, você pode até encomendar almofadas (já estou juntando dinheiro hahahahaha). Mais informções no site dela.

Tem alguma sugestão? Entre em contato e logo será respondido!

sábado, 18 de janeiro de 2014

Entrevista - Susi Godoy

Sem querer, parei um pouco com as entrevistas por falta de tempo e tudo mais, mas hoje eu trouxe uma super especial pra vocês! As fotos dela são mais que lindas, já a fazendo aparecer em revistas e blogs. Susi Godoy não tem tanto tempo de fotografia, mas já faz dela um colírio aos olhos; confira então:


Lary: Suas foto são tão lindas, cada vez me apaixono mais. O que elas levam de você?

Susi: Elas levam muito de mim, das minhas inspirações, das coisas que gosto, e também do meu interesse em conhecer mais sobre pessoas.



Lary: Quando e como você se viu apaixonada por fotografia? Como descobriu que era isso que queria pra vida?

Susi: Na verdade eu sempre amei fotografia, de modo geral. Mas há pouco mais de 3 anos comecei a me dedicar ao retrato e desde então não parei mais.

Não houve um momento especifico que decidi que queria isso pra vida, foi tudo acontecendo com o tempo.



Lary: E pra você, quais os prós e os contras de ter a fotografia como profissão?

Susi: Os prós com certeza estão ligados a poder trabalhar com o que amo e colocar a minha essência em tudo que faço, e os contras tem a ver com a área que resolvi trabalhar que aborda o nu artístico e muita gente ainda ter preconceito contra isso, e com isso surgirem denuncias ao publicar na internet.


Lary: Como você conquistou um reconhecimento profissional?

Susi: Acredito muito que as coisas fluem quando colocamos nossa essência e verdade no que fazemos. E comigo as coisas sempre funcionam dessa forma, com a fotografia não foi diferente. É um caminho longo, de muito aprendizado, mas o reconhecimento das pessoas que acreditam no meu trabalho são o incentivo que tenho pra continuar.



Lary: Depois que se viu apaixonada, como foi o processo de aprimoramento?

Susi: O processo de aprimoramento é constante. Meu desafio é aprender algo novo todos os dias, nem sempre é possível em meio a tanta correria, mas a internet está ai oferecendo tantas e tantas possibilidades e tudo sem custo algum, eu leio muito e pratico muito sobre fotografia. A cada trabalho novo eu aprendo algo, seja absorvendo algo no contato com meus clientes, ou algo na técnica ou até mesmo artisticamente. Isso que faz continuar apaixonada pelo que faço, estar sempre evoluindo.


Lary: O que a fotografia significa pra você? E de que forma/pra quê você a usa?

Susi: A fotografia é uma extensão de mim, por isso uso sempre a frase: "A fotografia me continua". E isso traz muita verdade sobre o que ela significa na minha vida. Eu a encaro como algo que vai além de mim, além de me completar, mas também cria laços meus com outras pessoas, e me continua através disso.
Além disso me traz muito crescimento pessoal pois trabalho diretamente com pessoas e aprendo muito com elas, além de ter a gratidão por ter causado algo de bom pra elas, já que fotos em muitos casos marcam a vida das pessoas, seja por registrar momentos importantes, ou até mesmo pra melhorar a auto estima.



Lary: Você tem projetos? Conte um pouco sobre eles.

Susi: Tenho o projeto DUAS em andamento. Ele é em parceria com a minha irmã, e consiste em tirarmos fotos em todos os lugares que formos, sem nenhuma produção ou ideia inicial. Contando apenas com o improviso e com a nossa sincronicidade enquanto irmãs.


Lary: Dos seus ensaios de nu, você resolveu seguir nesse ramo ou foi algo que aconteceu?

Susi: Foi algo que aconteceu. Com o tempo eu fui vendo a necessidade de usar mais expressão corporal nos meus ensaios, e ai entrou o nu ou semi nu, também porque gosto de usar figurinos neutros que não falem muito de moda ou personalidade, e com o nu consigo trabalhar mais com as formas do corpo. Mas sempre faço algo bem sutil, quase nunca é nu total ou frontal. 



Lary: Alguns deles são feitos ao ar livre, como fazem pra que ninguém veja?

Susi: A maioria dos meus ensaios são no interior, em lugares abandonados, com isso nunca tem ninguém e sempre tomo cuidado em fazer em lugares estratégicos onde ninguém veja.


Lary: Já aconteceu alguma situação bem engraçada em algum deles?

Susi: A situação mais engraçada foi em um ensaio com duas modelos, onde eu pedi pra elas encostarem em uma arvore, e tinham abelhas atras da arvore, e elas atacaram as meninas. Nisso saímos todas correndo, as meninas tirando as roupas, gritando, com abelha no cabelo, blusa. Por sorte que eram aquelas que não picam.


Lary: E quando a modelo está tímida, o que você faz pra amenizar a tensão?

Susi: Eu costumo criar um canal de comunicação com a modelo desde nosso primeiro contato, e esse canal continua durante o ensaio. Estão estamos sempre em sintonia, mesmo que ela seja tímida a comunicação entre nós ajuda muito a ir se soltando. E no começo quase todas iniciam bem tímidas e depois vão se soltando. Muita conversa e ir passando confiança são as coisas que mais ajudam.


Lary: Quando a procuram para ensaios, é sempre desse tipo?

Susi: Digamos que 80% das minhas clientes querem fazer ensaios temáticos e/ou nu artístico. Isso deve-se ao fato de eu sempre postar o que quero vender. Mas também faço muitos ensaios sensuais para dar de presente pra namorados, maridos, esses eu não divulgo por ser algo intimo da cliente.



Lary: Que conselhos você daria pra quem ainda está começando?

Susi: Acho que o maior e melhor conselho que poderia dar seria: invistam em conhecimento, seja tempo ou dinheiro. A internet está ai cheia de conteúdos sobre tudo, é só procurarmos. E também pratiquem muito, saiam de casa dispostos a fazer um trabalho lindo e com certeza voltarão pra casa felizes e farão os clientes de vocês felizes também. E por fim, divulguem o que vocês querem vender e se especializem nisso, afim de que as pessoas te procurem por algo que só você pode fazer, que tem o teu estilo e a tua essência, essa é a melhor forma de fazer o que se gosta.



Você pode achar mais do trabalho da Su na sua página no Facebook e no seu blog onde ela posta os ensaios completos.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Projeto Todos Podem Ser Frida


Camila Fontenele começou o projeto há um ano e meio atrás com o objetivo de proporcionar uma experiência para as pessoas, sendo possível por meio das performances fotográficas; "Minha alegria é saber que muita gente quebra barreiras sendo ela pelo menos por 20 minutos. Já escutei muitos casos principalmente remetendo a infância".



Sua admiração por Frida começou na faculdade, onde se apaixonou primeiro pelas cores e depois foi lendo sobre sua história e viu que tinham mais coisas em comum.
A ideia do projeto surgiu de uma forma intimista, Camila queria fazer um trabalho inspirado em Frida Kahlo e aperfeiçoar sua fotografia, ele não teve um planejamento específico, pois era mais algo dela do que de alguém.


O que achei bem interessante, é que em algumas fotos são retratadas os principais acontecimentos da vida de Frida como as relações dela com Diego, as dores físicas e psicológicas, a perda do filho por aborto, as cores bem vibrantes presentes em sua vida e principalmente sua estética.




Já foi realizada uma exposição coletiva na Livraria Cultura e outras menores; em Janeiro será realizada uma exposição de um mês no Sesc Sorocaba. Camila contou que a ideia para o ano de 2014 é expandir para outros estados, muitos perguntam quando ela vai para o Rio de Janeiro, Minas Gerais...




Você pode encontrar mais do projeto aqui e se você tiver alguma sugestão de matéria pra 2014, dúvida, crítica, pode entrar em contato por aqui!!! Provavelmente essa é a última postagem do ano, então desejo a todos um Feliz Ano Novo!