Olá galerinha, tudo bem com vocês? A nossa entrevistada do mês é uma das minhas fotógrafas favoritas, com suas obras de arte e que encanta qualquer um com tamanha simpatia e humildade, Larissa Dare. Eu nem acreditei quando ela aceitou fazer a entrevista (e mal acredito ainda) e caramba, que coisa linda! Quero agradecer, mais uma vez, pela oportunidade e está aí a entrevista:
Laryssa: Quando você se viu apaixonada por fotografia? E como foi o processo desde então?
Laryssa: Quando você se viu apaixonada por fotografia? E como foi o processo desde então?
Lari: Em 2009 me encontrei na fotografia no meio de uma depressão. Quando eu me dei conta de que só levantava da cama pra fotografar, vi que era apaixonada e nunca mais consegui me ver feliz fazendo outra coisa. Fiz meu primeiro curso nesse ano também, estava no segundo ano do colegial e me matriculei num curso básico de fotografia na ABRA (Academia Brasileira de Artes). Minha primeira câmera foi uma Canon t2i, usei até agosto desse ano e comprei uma nova que suprisse minhas necessidades.
Laryssa: Como gosta de descrever seu trabalho?
Lari: Não gosto de descrever. A minha fotografia acontece de acordo com meu estado de espírito.
Laryssa: Quando você resolveu seguir a carreira fotográfica?
Lari: Quando fiz meu primeiro curso em 2009 e me vi imersa em tudo aquilo já não via outro jeito de ser feliz profissionalmente.
Laryssa: Quais foram as maiores dificuldades?
Lari: Foram e ainda são. A fotografia é uma constante batalha, a dificuldade aqui no Brasil, infelizmente, é enorme. Difícil conseguir uma migalha de nome no ramo, difícil fechar contratos, difícil ir atrás dos contatos certos, difícil se destacar onde a arte não é valorizada. Lógico que hoje a fotografia é exponencial, e ainda espero grandes mudanças e vitórias no meio, mas não deixa de ser complicado quando o próprio governo não tem a fotografia como profissão.
Laryssa: E sua família, o que achou disso tudo? Alguém te apoiou?
Lari: Minha mãe sempre me apoiou, sempre foi muito aberta a tudo relacionado a arte, família não foi um problema, ela só queria me ver extremamente feliz e eu estou.
Laryssa: E sobre suas fotos de nu artístico, como e qual foi a sensação da primeira
vez em que você fez um ensaio do tipo?
Lari: O primeiro ensaio foi na PANAMERICANA DE ARTES. Onde fiz meu curso formador... O professor disse que a modelo se entregou pra mim como mais ninguém, que tivemos uma conexão muito forte e que eu deveria aproveitar isso, isso do retratado se entregar, confiar. O retratado quando nu mostra toda sua vulnerabilidade, ali podemos ver o ser como ser, sem mascaras, sem roupas, sem distrações.
Laryssa: Você “decidiu” que iria fotografar pessoas nuas ou começaram a te chamar
para trabalhos desse tipo? Conte um pouco de como foi esse processo.
Lari: Eu decidi que queria fazer as pessoas deixarem de lado pré conceitos do que é certo e do que é errado. Hoje muita gente me manda mensagens dizendo que começou a aceitar melhor o corpo por conta das minhas fotos, o nu não pode ser tabu quando tratado com sutileza, eu tô aqui justamente pra desmistificar isso do corpo nu ser um pedaço de carne restrito ao bel prazer.
Laryssa: E sobre suas outras fotos, que têm um ar bem melancólico, o que mais te
interessa nelas? O que usas como inspiração?
Lari: Tudo é inspiração, desde uma música que escuto até uma criança acenando no metrô.
Laryssa: E quando o cliente não se encaixa muito nas fotos, tanto nas roupas quanto
nas expressões, o que você faz?
Lari: Tudo depende do que o cliente quer... Mas geralmente o cliente vem até mim e ele sabe a minha identidade, ele sabe o estilo de fotos em que me encaixo, se ele vê tudo isso, ele quer participar disso. Meu trabalho é fazer a pessoa se sentir bem com ela mesma, se sentir incrivelmente bem, nada mais que isso.
Laryssa: Você prefere fotografar ensaios ou eventos?
Lari: Ensaios. O padronizado não nos deixa viajar muito na criatividade.
Laryssa: Tem algum momento em que você se sente totalmente desmotivada, sem
inspiração e não gostando das suas fotos?
Lari: Eu gosto das minhas fotos, só começo a procurar defeitos quando olho a mesma foto por muito tempo... É bom porque ai a gente transmuta, tenta mudar, melhorar... Ruim é que temos a tendência a exigir muito de nós. Nunca é bom o bastante... A desmotivação vem sempre que me enviam um email com contrato assinado e somem por absolutamente nenhum motivo. Isso acontece muito nesse meio. Não espere respostas, não crie muitas expectativas, num dia está tudo maravilhoso e no outro cancelam um trabalho importante ou simplesmente somem.
Laryssa: Quais são suas maiores influências na fotografia?
Lari: Cartier Bresson
Robert Capa
Autumn Sonnichsen
James Nachtwey
David Lachapelle
Nan Goldin
Joey L.
Sebastião Salgado
Lee Jeffries
Pétala Lopes
Steve Mccurry
Ansel Adams
Ih, são incontáveis...
Laryssa: Você acha que tem algum tipo de marca registrada?
Lari: Contrastes, talvez.
Laryssa: Como você começou a ser conhecida?
Lari: Não sei, não sei se sou conhecida.
Laryssa: E pra quem pretende seguir o ramo do nu artístico e da fotografia, em geral,
qual conselho daria?
Lari: Relaxa. Sem preconceitos, sem padrões, sem regras. Só relaxa.
Que apaixonante, não? Quer um ensaio com a Larissa? Ela os produz em todo Brasil e é só entrar em contato pelo e-mail larissadare.fotografa@gmail.com. Aproveita e já curte a página dela no facebook e dá uma olhadinha nos trabalhos que ela já fez aqui.
E só lembrando que você pode das sugestões de entrevistados e matérias apenas entrando em contato por aqui.
Ai, eu adoro ela e eu sou muito apaixonada pelo trabalho dela <3 Ela é uma maravilhosa hahah, mas ótima entrevista, parabéns.
ResponderExcluirQue entrevista linda. Adorei a superação que a fotografia proporcionou na vida dela! Parabéns pelo trabalho Larissa, e parabéns Laryssa pela entrevista e seleção de fotos lindas!!!
ResponderExcluirFoi tudo lindo mesmo! Obrigada pelo comentário!
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